Finalmente chega o dia 24 de junho, dia de São João (1). O tão aguardado momento. O momento da explosão, da alegria. O momento do batizado do Boi!

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Já faz quase um ano que o Boi está no curral (2). Desde a última festa, muitos novos bordados foram feitos para que ele fique ainda mais bonito.

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Depois do batizado, o Boi está finalmente autorizado a ir pra rua, levar toda a sua alegria, homenageando o santo e divertindo o povo até o final do mês.

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A batida dos pandericos e das zabumbas imita os batimentos do coração do Boi. E para que o Boi permaneça vivo, seu coração não pode parar de pulsar, a bateria não pode parar de tocar. Durante os dias de festa, ouve-se permanentemente a percussão ritmada. Sente-se permanentemente a vibração do seu coração.

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Calor. Agitação. São dias de muita música, dança, celebração e agradecimento.

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No dia 29 de junho (dia de São Pedro) ou no dia 30 (dia de São Marçal) a percussão cessa, o coração do Boi para de bater e ele volta pro curral, onde vai ficar até o próximo ano, quando será “ressuscitado”, batizado novamente em nome de São João e autorizado a sair pra rua de novo pra brincar.

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(1) Muitos bois são criados como contrapartida por alguma graça alcançada, após uma promessa feita a São João. Nesses casos, é ainda mais importante que o batizado aconteça no dia 24 de junho.

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(2) Como é chamada a sede dos grupos de Bois no Maranhão.