1. A Revolução Farroupilha foi motivada por uma questão tributária: o charque produzido no Rio Grande (do Sul) pagava 25% de imposto no Rio de Janeiro e o charque uruguaio pagava só 12%. Os estancieiros gaúchos tentaram um acordo com o Senado (o Imperador ainda era criança!), mas não tendo sido bem-sucedidos, se revoltaram e resolveram iniciar uma guerra com o objetivo de libertar o Rio Grande do julgo do Império.
2. A invasão de Porto Alegre pelos exércitos dos estancieiros, no dia 20/09/1835, foi o marco inicial da Revolução e, até hoje, o dia oficial da festa.
3. Porto Alegre ficou sob controle dos revolucionários por quase 10 meses (até o dia 12/07/1836) e, depois disso, a cidade ficou sitiada por mais 1.200 dias! Porto Alegre resistiu bravamente e, por isso, ao final da guerra, recebeu do Imperador D. Pedro II o título de “mui leal e valorosa cidade de Porto Alegre” que até hoje aparece em sua bandeira.
4. Celebra-se, portanto, em Porto Alegre, atualmente, uma revolução que a cidade lutava contra!
5. Há uma piada que se conta sobre a Revolução Farroupilha que diz que “é a guerra que os gaúchos perderam, fingiram que empataram e festejam como se houvessem ganho”, mas a verdade é que os gaúchos não festejam a revolução em si, eles cultuam a visão que se tem atualmente da Revolução Farroupilha, que foi uma versão que começou a ser criada pelo Partido Republicano Riograndense (PRR) na década de 1880, como parte de um movimento para ajudar na derrubada do Império!
6. Em 1935, para comemorar os 100 anos da Revolução Farroupilha, Getúlio Vargas fez renascer a memória dos grandes heróis Farroupilhas e organizou uma exposição no Parque da Redenção – atual Parque Farroupilha – que foi o primórdio do que é a festa atualmente.
7. A Revolução Farroupilha foi a mais longa de todas as revoltas provinciais do período da regência: durou 3.496 dias, teve 56 grandes combates e terminou com 3.270 mortos.
8. A origem da expressão “farrapos” (para se referir aos revolucionários gaúchos) vem dos “sans-culote”, como eram chamados os revolucionários franceses.
9. Os líderes revolucionários gaúchos não estavam em farrapos, eles eram ricos, donos de muitas terras, muito gado e de muitos peões!
10. Os peões (sobretudo índios e escravos negros) foram transformados em soldados, com a promessa de liberdade após o final da Revolução, mas não receberam nada do que lhes foi prometido!