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Andrea Goldschmidt

Os lindos tapetes de Corpus Christi são destruídos no final da tarde


Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é um evento que surgiu na Idade Média.


O primeiro registro dessa festa é de 1209 e aconteceu na Bélgica, na cidade de Liége, quando uma freira agostiniana, chamada Juliana, começa a ter algumas visões: durante cerca de 30 anos, ela via, regularmente, um disco lunar com uma grande mancha negra no centro. Esta lacuna foi entendida como a ausência de uma festa que celebrasse festivamente o sacramento da Eucaristia (o momento da celebração na igreja em que os católicos recebem a hóstia, que representa o corpo de Cristo).


Desde então, o Corpus Christi vem sendo celebrado por meio de uma procissão durante a qual o copro de Cristo, por meio da Eucaristia, é levado para as ruas da cidade.


A definição da data certinha dessa festa é meio complicada. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa é a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Dez dias depois temos o Domingo de Pentecostes. O domingo seguinte é o da Santíssima Trindade e na próxima quinta-feira é a celebração do Corpus Christi.


Pra facilitar, é só pensar que é uns 60 dias depois da Páscoa!

O Corpus Christi é uma das mais tradicionais festas do Brasil e a tradição de fazer o tapete com folhas e flores foi introduzida no Brasil pelosimigrantes açorianos. Eles, por sua vez, herdaram a tradição dos portugueses, mas, apesar de que em Portugal, a tradição praticamente desapareceu, ela foi mantida nos lugares onde chegaram seus imigrantes.


O Corpus Christi é celebrado no Brasil desde a época colonial. A tradição de se fazer os tapetes de rua acontece em várias cidades. Eles são montados por voluntários que varam a noite trabalhando.

Em Matão, no interior de São Paulo, os tapetes são montados com pó de vidro e os voluntários desenvolveram alguns moldes que os ajudam a fazer desenhos bastante complexos de forma padronizada.


Como o Corpus Christi homenageia a Eucaristia, muitos dos desenhos nos tapetes mostram cálices (onde são guardadas as hóstias), pão e vinho que representam o corpo e o sangue de Jesus Cristo.

Em Santana de Parnaíba, também no interior de São Paulo, os tapetes são feitos de serragem colorida e os desenhos são feitos à mão, a partir de desenhos levados pelos voluntários, que servem como modelos. Em ambas as localidades, o resultado é espetacular e dá muita pena que os tapetes logo sejam destruídos com a passagem da procissão no final da tarde.


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