As tradicionais cavalhadas de Pirenópolis são uma encenação que acontece anualmente, desde 1826, durante a Festa do Divino, em que 12 cavaleiros cristãos (vestidos de azul), enfrentam 12 cavaleiros mouros (vestidos de vermelho) e, durante 3 dias, fazem apresentações que remetem à Batalha de Roncesvalles que aconteceu em 778 d.C., quando, segundo a lenda, os cristãos, liderados por Carlos Magno derrotaram os sarracenos que foram finalmente convertidos ao catolicismo.
Em Pirenópolis, o que atrai os turistas e a população, além das Cavalhadas, é claro, são os interessantíssimos mascarados que se apresentam durante os intervalos do evento principal. São 3 as fantasias tradicionais (de boi, de homem e de onça). Os mascarados cobrem todo o corpo (inclusive os corpos dos cavalos), geralmente com chita e flores de papel crepom, além da máscara de papel maché. O objetivo é não serem reconhecidos e, diz-se, que esta tradição começou com os escravos que queriam participar da festa, mas não eram autorizados a ser cavaleiros.
Infelizmente (na minha opinião), muitos mascarados têm substituído as lindas máscaras de papel machê por máscaras de borracha que parecem fantasias de Halloween.