O nome “caboclo” é utilizado para designar o índio ou o cruzamento de índio com o branco. "Caboclinhos" são os filhos dos "caboclos" e uma dança do folclore popular brasileiro executada durante o Carnaval em Pernambuco (e em todo o nordeste brasileiro), representando batalhas, colheitas e caçadas.
Esta festa popular é uma mistura de danças e músicas com raízes indígenas e historicamente tem relação com o culto da Jurema sagrada, uma tradição mágica religiosa nordestina que se iniciou com o uso da jurema (um conjunto de beberagens feita com partes de árvores de mesmo nome) pelos indígenas da região.
Homens, mulheres e crianças apresentam coreografias com ritmo marcado pelo estalido das preacas (espécie de arco e flecha de madeira), vestindo roupas feitas de penas, plumas e paetês.
A indumentária é composta por atacas (de pé e mão), saiotes e tangas, e confeccionada com penas, lantejoulas, contas, búzios, espelhos, vidrilhos, cordas e sementes. Os adereços de cabeça são bastante diversificados: cocares, capacetes, cabeleiras, diademas, girassóis e leques, decorados com penas e lantejoulas, colares de contas e sementes no pescoço e pequenas cabaças na cintura.
É uma dança forte e rápida (que se dança ao som de uma música, leve executada por pífanos, surdos e maracás, com reco-recos e ganzás). A dança exige muita desenvoltura dos participantes: há passos em que se dança agachado, abaixando-se e levantando-se rapidamente e, ao mesmo tempo, rodopiando, apoiando-se nas pontas dos pés e calcanhares. Haja resistência física... e os caboclos ainda dançam descalços!
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