Durante a celebrações de Semana Santa, muitos grupos de penitentes se reúnem e saem em procissão pelo Brasil afora orando pelas almas daqueles que estão no Purgatório.
Segundo a doutrina católica, mesmo para aqueles que morreram fieis aos mandamentos de Deus, geralmente precisam de alguma purificação antes da entrada definitiva no Céu. É no Purgatório que as almas pagam qualquer dívida que ainda tenham com Deus e obtém a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.
O destino dos que estão no Purgatório pode ser afetado pelas ações e pela intercessão dos vivos, e é por isso que os penitentes caminham pelas ruas de várias cidades do Brasil e, especialmente durante a Semana Santa, oram pelas almas dos mortos.
Os penitentes costumam usar túnicas longas e capuzes que cobrem seus rostos, dando um ar às vezes estanho à procissão. Mas, para Deus, os rostos dos penitentes não precisam ser vistos: eles são almas rezando por outras almas.
Atualmente no Brasil estas procissões acontecem na noite da Sexta-feira Santa (começando às zero hora do sábado, na verdade).
O percurso realizado geralmente visita vários templos do município e termina no cemitério.
Em cada Igreja visitada é feita uma pausa para adoração e os penitentes e as pessoa que acompanham o grupo rezam.
Pelo momento em que esta procissão acontece, ela parece retratar, de algum modo, o percurso de Cristo até o Calvário.
Toda esta tradição vem, provavelmente, de uma procissão chamada Endoenças que acontecia em Portugal, na Quinta-feira Santa, desde a Idade Média, com homens e mulheres se autoflagelando, com cordas e objetos de ferro, confessando seus pecados em voz alta.
Por causa dos abusos praticados, a procissão das Endoenças foi abolida pelo Papa Clemente VI no século XIV;
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