Vamos começar pelo nome: a palavra usada em português para designar esse dia dá a entender que a Páscoa atual é uma versão cristianizada da Páscoa judaica. Mas, em inglês e alemão, por exemplo, essa festividade é chamada de Easter e Oester, respectivamente, que derivam de “Ostara” ou “Eastre”, a deusa da manhã radiante, da luz crescente, da floração verdejante, a deusa da primavera. Vale lembrar que, no hemisfério norte, essa celebração acontece justamente no período de início da primavera (pra nós, o início do outono).
O nome também pode estar relacionado a Astarte, a deusa fenícia da fertilidade, que pode ter sido a responsável pelo nosso hábito de dar coelhos e ovos de presente, já que esta deusa pagã é geralmente representada na figura de uma mulher que observava uma lebre saltitante enquanto segurava um ovo nas mãos. Nesta imagem há a conjunção de três símbolos (a mulher, o ovo e a lebre) que reforçavam o ideal de fertilidade comemorado entre os pagãos. Os nossos coelhos, portanto, eram originalmente lebres.
O ovo, além disso, é o símbolo da vida e daí a sua conexão com o renascimento ou a ressurreição. Em algumas culturas, as pessoas acreditavam que os ovos decorados tinham o poder mágico de trazer felicidade, prosperidade, saúde e proteção. Por isso começaram a presentear-se uns aos outros com ovos cozidos, de cerâmica, de vidro, de ouro e cravejados de pedras preciosas.
Quando os espanhóis conquistaram as civilizações maia e asteca, conheceram o chocolate e o levaram para a Europa. Anos mais tarde, os chefs franceses tiveram a ideia de fabricar os primeiros ovos de chocolate da história.
A Páscoa está chegando... Quando você for comprar ovos ou coelhinhos de chocolate, já vai saber de onde vêm essas tradições... legal né?