SINTA-SE LÁ
A principal tradição do dia de Finados em todo o país é a de ir visitar as pessoas mortas que são queridas: algumas pessoas levam flores para seus pais, outras passam o dia no cemitério visitando parentes e amigos próximos de quem sentem falta... e, no caso de Juazeiro do Norte, centenas de milhares de afilhados do Padrinho Cícero, como é carinhosamente chamado pelos devotos o ex-padre Cícero Romão Batista, vêm prestar sua homenagem.
São fiéis que escolheram o Padim Ciço como padrinho, conversam com ele em pensamento, recebem e seguem seus conselhos e contam com ele para interceder junto aos santos e a Jesus para que sejam atendidos em sua necessidades.
São movidos por uma fé intensa, que se materializa em excessos: excesso de fé, excesso de calor, excesso de pessoas circulando e de nomes escritos uns sobre os outros aos pés da estátua do santo, excessos de pedidos e de agradecimentos, um amor excessivo pelo Padre Cícero que leva a uma necessidade excessiva de fazer sacrifícios para provar a sua devoção e merecer as bênçãos do padrinho.
Em uma região por tanto tempo judiada pela seca e pela falta (falta de água, falta de comida, falta de oportunidades) há excesso de humanidade e de todas as suas contradições.
Assim é a festa de Finados em Juazeiro do Norte, um evento onde tudo é excessivo e superlativo.
FOTOS
MÚSICA TÍPICA
*Clique no ícone do personagem para ouvir o depoimento.
NA LITERATURA
SAIBA MAIS
História do Juazeiro e de Padre Cícero
por Dr. Paulo Wendell
APROFUNDANDO
Thomaz Farkas (1969)
BASTIDORES
Quem vive as festas tem sempre
umas experiências curiosas...